quinta-feira, 30 de junho de 2011

BR-376 - Rodovia do Café - Década de 1960



Em julho de 1865, um relatório da expedição chefiada pelos engenheiros alemães, José e Francisco Keler dirigido ao Governo Imperial, apontava o caminho mais curto entre a costa do Brasil e Mato Grosso através do território paranaense, partindo do litoral com secções fluviais até o Rio Paraná à barranca do Ivinheima, acima de Porto Camargo. Era já o primeiro esboço da diretriz diagonal da futura rodovia.

Diversos estudos posteriores foram realizados no sentido de encontrar o melhor traçado para a chamada "Estrada de Mato Grosso" através do Ivaí, Tibagí e sertões adjacentes.

Em 15 de abril de 1871, em Curitiba, foi lançada com grande pompa a pedra fundamental da ponte sobre o rio Ivo, no local da rua 15 de Novembro, entre as ruas Murici e Ébano Pereira, como início da construção da Estrada de Mato Grosso, pela qual se prolongava para o Noroeste da Estrada da Graciosa. Essa estrada, igualmente revestida de macadame, se estendeu através de Campo Largo, Palmeira e Ponta Grossa.

A partir de 1928, com o primeiro Plano Rodoviário do Paraná, começaram a ser traçadas as diretrizes visando atender a ligação com a região Norte.

Em 1944 teve início a construção de uma nova estrada, em duas frentes de trabalho nos pontos extremos dos trechos Tibagi-Ortigueira e Apucarana-Ortigueira. Com a criação do DER em 1946, deu-se prosseguimento à construção no percurso Tibagi-Ortigueira-Apucarana, cuja obra em estágio inicial foi aberta ao tráfego em 1951.

No Plano Rodoviário de 1951 se delineava através dos projetos troncos as diretrizes gerais que, completadas e revistas por outras, se converteriam nos trechos básicos que integravam a Rodovia do Café. Durante o Congresso Nacional de Transportes, realizado em maio de 1956, a delegação do DER do Paraná apresentou tese propondo a federalização do trecho São Luiz do Purunã - Ponta Grossa - Porto São José e daí ao Rio Brilhante, no Estado do Mato Grosso. O Plano Rodoviário Nacional desse mesmo ano incluiu a BR-104 com a diretriz acima como rodovia de interesse nacional. O novo Plano Nacional de Viação, de dezembro de 1964, que introduziu alterações no plano anterior e deu nova nomenclatura às rodovias federais, manteve a BR-104 com a denominação de BR-376 com a diretriz Dourados(MT)-Apucarana-Ponta Grossa-São Luiz do Purunã(PR).

Até que se chegasse a definir a diretriz geral da Rodovia do Café, com o percurso mais indicado ao escoamento das safras cafeeiras ao Porto de Paranaguá, várias alternativas foram aventadas.

A Rodovia do Café causou grande impacto, na década de 1960. A principal meta do período era pavimentar o trecho Ponta Grossa - Apucarana. Até então, a ligação entre norte e sul do Estado se fazia pela antiga Estrada do Cerne, uma estrada cheia de curvas, estreita e sem pavimentação.

A pavimentação asfáltica da Rodovia do Café exigiu cuidadosos estudos sobre a constituição geo-lógica do sub-leito e o dimensionamento do pavimento, tendo em vista as características do terreno
e a intensidade do tráfego pesado que a estrada deveria suportar como o principal eixo rodoviário do Estado. Sua construção mobilizou um maquinário de grande porte, assim como representou uma preciosa oportunidade de adestramento da mão de obra empregada.

Foi entregue ao tráfego, em 1964, com sua maior meta rodoviária plenamente atingida, representando a concretização de uma obra de integração econômica, social e política de alcance regional e nacional.

Como parte das comemorações na inauguração da Rodovia do Café, realizaram-se várias atividades, dentre elas, uma prova automobilística com a participação de pilotos de todo o país e do exterior, em que se assinalou a presença de duas corredoras no grid de largada. O trajeto foi de ida e volta, de Curitiba-Apucarana. Diversas pessoas acamparam à margem da rodovia para acompanhar de perto o evento que marcou a inauguração da estrada.

Com a pavimentação da Rodovia do Café tornou acessível a visita, em caráter de "tour" organizado, às formações areníticas de Vila Velha incluindo a Lagoa Dourada e as Furnas, situadas no Parque Estadual de Vila Velha.

A rodovia aproveitou a pavimentação de 13 quilômetros do trecho da Serra do Mar. Ao ser entregue ao DNER o trecho da auto-estrada Curitiba - Paranaguá estava concluída toda a extensão da obra de terraplenagem, inclusive do sub-trecho da Serra do Mar.

No final do ano de 1986, o governo inaugurou a nova pista da Rodovia do Café, a duplicação do trecho Spréa - Ponta Grossa, com uma extensão de 66,7 quilômetros.
Fonte DERPR.
Filme originalmente produzido em película 16mm - P/B.
Degitalização - Celso Lück Júnior

Isto é história.

DESTAQUE - Escultura de gesto obsceno causa polêmica em Milão

Em Milão (Itália), na Piazza d’Affari, defronte à Bolsa de Valores, há uma enorme mão com o dedo médio levantado, no gesto do ‘foda-se’. Trata-se da exposição de uma escultura em mármore Carrara do italiano Maurizio Cattelan, 50.

A obra cujo nome oficial é L.O.V.E. tem despertado tanto o interesse dos turistas, que os responsáveis pela exposição resolveram mantê-la por mais alguns dias, até 24 de outubro.


Admiradores de Callelan – entre os quais o presidente do comitê de Cultura da cidade, Massimiliano Finazzer Flory – querem que a prefeitura compre a escultura para que fique definitivamente no local.


Mas há a turma do contra, porque, na interpretação de alguns, “O Dedo Médio”, como a obra é conhecida, teria ali, perto da bolsa, um sentido anticapitalista.


Cattelan nega que tenha concebido o gigantesco gesto como uma crítica ao regime capitalista, do qual, aliás, ele se aproveita muito bem, porque cobra preço elevado pelos seus trabalhos.


A sua escultura mais conhecida e muito mais polêmica ele vendeu em um leilão por US$ 3 milhões, cerca de R$ 5 milhões. É a que mostra o papa João Paulo 2º sendo atingindo por um meteorito.


Giethoorn villaggio senza strade - Ver para Crer.



Giethoorn, a cidade que não tem ruas
  
E, não tendo ruas, não tem carros, não tem buzinas, engarrafamentos, semáforos, fumaça...
Giethoorn  uma cidadezinha do nordeste da Holanda que não tem ruas! Em lugar delas, tem canais, como se fosse Veneza, e o transporte se faz por meio de pequenos barcos. No inverno, a populaçao anda de patins nos canais... As casas são lindas, a cidade inteira parece feita de casinhas de boneca na beiradinha d'água!

Recebi por e-mail do amigo Paschoal.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Apartamento de Nelsom Jobim é assaltado no Rio. Ele não consegue manter a segurança dele como munistro , imaginem a do país.

Apartamento do ministro Jobim é assaltado no Rio
Agência Estado
Publicação: 26/06/2011 17:38 Atualização:
Dois homens armados assaltaram o apartamento do ministro da Defesa, Nelson Jobim, no Rio de Janeiro, no início da tarde de domingo. Segundo informações da Polícia Civil, os criminosos conseguiram invadir um prédio da avenida Vieira Souto, em Ipanema, zona sul do Rio, por meio de ameaças a um morador, que saía do edifício no momento da invasão.

Após entrarem no prédio, os ladrões foram direto para o apartamento de Jobim, e renderam o filho do ministro, Alexandre Jobim, e sua esposa, que estavam no local. O ministro não estava no apartamento. O filho de Jobim mora em Brasília, mas passava o feriado de Corpus Christi com a família na capital fluminense. Os ladrões levaram joias e R$ 500 em dinheiro. Não houve feridos. Após o roubo, o caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).

VA PIORAR - (CADA VEZ MAIS, A CADA DIA QUE PASSA).


VAI PIORAR
Lya Luft

"Tolerância zero com tudo o que nos desmoraliza e humilha, perseguição implacável ao cinismo, mudança total nas futuras eleições, faxina no Congresso"

Escritores devem escrever, palestrantes devem falar. Qualquer pessoa tem a obrigação de pensar e o direito de se expressar. Claro que isso não acontece num país de analfabetos, onde não se tem interesse em que o povo pense: um povo informado escolheria outros líderes, não ficaria calado quando pisoteiam sua honra, expulsaria de seus cargos os pseudolíderes e tentaria recompor as instituições aviltadas. Mas nós não fazemos nada disso: parecemos analfabetos e afásicos, uma manada de bobos assistindo às loucuras que se cometem contra nós, contra cada um de nós.
Ilustração Atômica Studio
E eu, que tenho as duas atividades, escrever e eventualmente falar, que desde criança fui ensinada que cabeça não foi feita só para separar orelhas, mas para pensar, questionar – e também para ser feliz –, neste momento, não sei o que pensar. Muito menos o que responder quando me perguntam interminavelmente o que estou achando, como estou me sentindo. Estou virando pessimista. Não em minha vida pessoal, mas em relação a este país. Ou melhor: a seus governantes, autoridades, homens públicos, políticos. Mal consigo acreditar no que se está passando. A cada dia um espanto, a cada dia uma decepção, a cada dia um desânimo e uma indignação.
Este já foi o país dos trouxas, que pagam impostos altíssimos e quase nada recebem em troca; o país dos bobos, que não distinguem um homem honrado dum patife, uma ação pelo bem geral de uma manobra para encher o bolso ou galgar mais um degrauzinho no poder a qualquer custo; o país dos mistérios, onde quem é responsável absoluto não sabe de nada, ou finge enxergar outra realidade, não a nossa. Hoje, estamos ameaçados de ser o país dos sem-vergonha. A falta de pudor e o cinismo imperam e não há, exceto talvez o Supremo Tribunal, lugar totalmente confiável.
Entre os políticos, com cargos ou não, impera um corporativismo repulsivo – ou estaremos todos de rabinho preso? Nós, povo que se deixa enganar tão facilmente, que pouco se informa e questiona, vamos nos tornando da mesma laia? Seremos também, concreta ou moralmente, vendidos? Quando eu era menina de colégio, às vezes os rapazes se insultavam gritando "vendido!", não me lembro bem por quê. Deviam ser questões esportivas. Um ponto não marcado, um gol roubado. Era grave insulto. Hoje, parece que ninguém mais liga para insultos, leves ou pesados – nada pega, tudo é água em pena de pato, escorre e acabou-se. Um povo teflon. Vemos líderes vendendo-se em troca de comodidade, cargo, poder, dinheiro, impunidade, preservação de algum sórdido segredo, ou simplesmente a covardia protegida. Quem nos deve representar sumiu no ralo. Quem nos deve orientar se transformou em mamulengo. Quem nos deve servir de modelo chafurda na lama. E nós, povo brasileiro, nos arrastamos na tristeza. Reagimos? Como reagimos? Pintamos a cara e saímos às ruas aos milhares, aos milhões, jogamos ovos podres, paramos o país, pacificamente que seja, tentamos mudar o giro da máquina apodrecida? Aqui e ali um tímido protesto, nada mais.
De algum lugar surgiram os senadores que votam às escondidas porque não têm honra suficiente para enfrentar quem os elegeu; os deputados pouco confiáveis, alguns duvidosos ministros, de onde surgiram? De nós. Nós os colocamos lá, nós votamos, nós permitimos que lá estejam e continuem – nós, através das mãos dos ditos representantes, instituímos a vergonha nacional que em muitas décadas será lembrada como um tempo de opróbrio.
E não argumentem que a economia está ótima: ainda que esteja, digo que me interessa muito menos a economia do que a honra e a confiança, poder ser brasileiro de cabeça erguida. Existe o Bolsa Família, a miséria está um pouco menos miserável? Pode ser. Mas os hospitais continuam pobres e podres, as escolas e universidades carentes, as estradas intransitáveis, a autoridade confusa e as instituições esfaceladas, os horizontes reduzidos, enquanto o povo anseia por dias melhores. O Senado terminou de ruir? Querem até acabar com ele? Pode parecer neste momento que ele não faz muita falta, mas sua ausência seria um passo para o Executivo ditatorial, a falência total da ordem e a perda de um precário equilíbrio.
Com pressentimentos nada bons, faço – embora sem grande esperança – uma conclamação: tolerância zero com tudo o que nos desmoraliza e humilha, perseguição implacável ao cinismo, mudança total nas futuras eleições, faxina no Congresso, Senado e câmaras, renovação positiva no país. Conscientização urgente, pois, acreditem, do jeito que vai a coisa tende a piorar.